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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Feriado

Ontem era uma da manhã quando me levantei para ir vomitar. 50% da culpa foi minha, mas os outros 50% foram só indirectamente.
O dia foi o típico dia de feriado: sentada no sofá com mantinha por cima e absorver todos os filmes que passaram no canal 3.
No pequeno-almoço, por volta das 9h, bebi um copo de leite magro e um donut coberto.
Ao almoço cozi esparguete, fritei 2 ovos e 1 fatia de carne assada + 1 diospiro.
Ao lanche rendi-me ao belo do queijo com marmelada.
Na hora de jantar apetecia-me sopa ou uma salada com gambas mas não tinha nem legumes, nem vegetais sem ser cenoura. Fiz uns crepes de legumes e uma salada de cenoura e maça. Estava óptimo.

Toda a gente sabe e conhece o meu vicio por pastilhas elásticas. E quando digo vicio, é mesmo vicio. Eu fico a ressacar quando não tenho pastilhas. Fico ansiosa e agressiva ou simplesmente apática. Assim que ponho uma pastilha na boca é como que uma corrente eléctrica de prazer passa-se por todas as veias do meu corpo. E depois da refeição é uma das melhores alturas para pôr uma na boca. (*parece que estou a falar de tabaco ou drogas mas é mesmo pastilhas elásticas*).
Ontem, por acaso, só tinha uma caixa de pastilhas - Trident Fruit perdem o sabor muito rapidamente e, por isso, eram 15h e o pacote estava vazio. Outro efeito da ressaca é comer, comer e comer - preciso de mastigar e não há pastilhas por isso como. Lanchei o queijo com marmelada e mordisquei a bracelete do relógio.

Fui-me deitar por volta das 22h e estava tudo bem até por volta das 24h. O meu estômago estava pesado, como se por ter comido demais, o meu corpo não conseguir fazer a digestão e ter tudo ainda por digerir. Estava desconfortável. Respirava fundo e virava-me de um lado para o outro para encontrar uma posição mais confortável. Virei-me de barriga para cima e vi tudo a andar à roda: "A comida não nos põe tontas e fracas, o teu mal é sono" disse para mim mesma para tentar não pensar nisso.
Uma hora nesta ginástica mental não aguentei. Fui para a casa de banho e sem fazer barulho (o mano dorme no quarto ao lado e se eu o ouço ele também me ouve a mim) pus os dedos na garganta e desatei a vomitar. Afinal fiz a digestão até ao almoço. Ainda consegui sentir o sabor do queijo e o jantar estava lá todo. Levei a ordem do silêncio muito a sério: não se ouvia um único suspiro, era como se estivesse a dormir. Vomitei no lavatório por causa do barulho do autoclismo, assoei-me o mais silenciosamente possível. Correu tudo bem.
Fui deitar-me e só acordei hoje de manhã com a chuva a bater nos vidros do quarto.

2 comentários:

  1. Como te compreendo. Não tenho vícios, não gosto de me render a coisas e depender delas. Fumo, mas não sou viciada, é raro fumar. Nem ninguém sequer sabe (a não ser o boyfriend). Mas percebo quando falaste da sensação antes de dormir.

    Também conseguia não fazer barulho, estava uma pró. A make up para as olheiras e veias rebentadas, as gotas para os olhos para a explicação 'são só alergias' e o verniz nas unhas para não se ver as unhas todas estragadas.
    Não tenho saudades e não gosto de saber que o fazes. Numa altura que percebi que o conseguia fazer sentia-me altamente, porque vomitar era um pânico meu. Depois de cair em mim e sentir as dores, andar com gastroenterites todos os meses, chegar mesmo a ir para o hospital com levar soro.. Não desejes chegar a esse ponto. Acredita no que te digo: o vomitar é a carta branca que te deixa comer tanto. Se pensares que não podes vomitar vais-te conter mais e aí começas a desinchar e a perder quilos.
    Tenta por favor. :/

    **

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  2. ler este post causou-me um dor tão grande que tenho a certeza que nem a multiplicando por 1000 seria igual à tua.

    Conseguir fazer sem barulho parece uma vitória, quando na realidade é mais um passo para baixo.

    Tu precisas de ajuda para deixares esta vida (só te estas a enganar contando como 0.5 as vezes em q vomitas parcialmente) e sabes disso tão bem! Só que não queres deixar...ou antes: às vezes queres e outras vezes são, conforme estás mais gorda/mais magra e etc.

    O meu pensamento está contigo.
    ps- tenho a certeza de que vai haver um dia em que vais comer queijo com marmelada, uma, duas, tres vezes, parar porque já não "apetece" mais e não vomitar a seguir.

    um grande beijinho *

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